domingo, 6 de maio de 2012

Doação

Os Floquinhos de Algodão


Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam, tudo o que era cultivado e produzido
por cada um, era trocado.

A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era a Amizade.
Quem nada produzia, quem nao possuía coisas que pudessem ser trocadas
por alimentos, ou utensílios, dava seu CARINHO.

O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão. Muitas vezes,
era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca.
As pessoas davam seu CARINHO pois sabiam que receberiam outros num
outro momento ou outro dia.

Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno
garoto a nao mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais
rica da cidade e teria o que quisesse.

Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas
mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar CARINHOS e em
pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil
de circular dentro dela.

Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, as pessoas
começaram a guardar o pouco CARINHO que tinham e toda a HARMONIA
da cidade desapareceu.

Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, o ÓDIO,
a DISCÓRDIA, as pessoas se XINGARAM pela primeira vez e passaram
a IGNORAR-SE pelas ruas.

Como era o mais querido da cidade, o garoto foi a primeiro
a sentir-se TRISTE
e SOZINHO, o que o fez o menino procurou a velha para perguntar-lhe
e dizer-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia.

Nao a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola,
colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade
distribuindo aleatoriamente seu CARINHO. A todos que dava CARINHO,
apenas dizia: "Obrigado por receber meu carinho".

Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu
até o último
CARINHO sem receber um só de volta.

Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou
até ele e lhe deu CARINHO. Um outro fez o mesmo...Mais outro...e outro...até
que definitivamente a aldeia voltou ao normal.
#Cada dia me convenço de que nada valem as nossas riquezas se não a compartilhamos com alguém...;-)

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